Culpa, como se sabe, ataca toda gente, mas assume contornos dramáticos nas mães. Mãe e culpa são um binômio quase inseparável, sentimento sine qua non, que chega antes mesmo do bebê: vai sendo armazenada feito peça de enxoval. Ninguém consegue sentir tanta, pelas coisas mais bestas ou mais graves, quanto uma mãe.
Talvez a culpa materna seja proporcional à gigantesca expectativa jogada sobre elas. Deve estar associado também à inesgotável e intrépida capacidade crítica de sogras, vizinho, tias e do jornaleiro – isto é, qualquer um – sobre a atuação da mãe. Todo mundo se sente capaz, apto e encorajado a avaliar o desempenho de uma mãe – ainda que o veredicto venha revestido de comentários inocentes, conselhos zelosos ou dicas despretensiosas.
De um lado, essa indiscriminada disposição julgadora. No canto oposto do ringue (no qual a mãe apanha sempre) está a portentosa avareza de elogios e estímulos dirigidos às pessoas mãe. Vocês já notaram como é raro alguém elogiar sinceramente o ofício? É comum você escutar palpites sobre como Fulana deveria impor limites ao Beltraninho, mas quantas vezes você já escutou alguém dizer: ”Você de mãe, heim? Show de bola!” Ou ”Você arrasa de mãe, sabia?”. O pai pega o filho na escola e pode ouvir de vizinhos (e vizinhas, argh!) o quanto ele é prestativo, o quanto ajuda – enquanto que a mãe se descabela pra dar conta de mil e uma coisas e isso é tido como normal. Vocês sabem: pai que cuida é favor, mãe que rala é default.
Por isso, pessoas, acabo de instituir a Campanha Elogie a mãe, de duração perene e dirigida a qualquer progenitora, seja a sua ou de outrem. Não tem nada a ver com consumismo de dia das mães – embora presente nunca seja uma má ideia – mas com generosidade e atenção para um trabalho árduo que, por ser cotidiano e milenar, passa quase desapercebido, mas não dispensa reconhecimento. Se você admira uma mãe, conte a ela. Se você vir uma delas num gesto ou atitude bacana, elogie, comente. É muito bom quando alguém nos diz que acertamos – porque a gente mesmo nunca sabe.
Autora desconhecida.
Talvez a culpa materna seja proporcional à gigantesca expectativa jogada sobre elas. Deve estar associado também à inesgotável e intrépida capacidade crítica de sogras, vizinho, tias e do jornaleiro – isto é, qualquer um – sobre a atuação da mãe. Todo mundo se sente capaz, apto e encorajado a avaliar o desempenho de uma mãe – ainda que o veredicto venha revestido de comentários inocentes, conselhos zelosos ou dicas despretensiosas.
De um lado, essa indiscriminada disposição julgadora. No canto oposto do ringue (no qual a mãe apanha sempre) está a portentosa avareza de elogios e estímulos dirigidos às pessoas mãe. Vocês já notaram como é raro alguém elogiar sinceramente o ofício? É comum você escutar palpites sobre como Fulana deveria impor limites ao Beltraninho, mas quantas vezes você já escutou alguém dizer: ”Você de mãe, heim? Show de bola!” Ou ”Você arrasa de mãe, sabia?”. O pai pega o filho na escola e pode ouvir de vizinhos (e vizinhas, argh!) o quanto ele é prestativo, o quanto ajuda – enquanto que a mãe se descabela pra dar conta de mil e uma coisas e isso é tido como normal. Vocês sabem: pai que cuida é favor, mãe que rala é default.
Por isso, pessoas, acabo de instituir a Campanha Elogie a mãe, de duração perene e dirigida a qualquer progenitora, seja a sua ou de outrem. Não tem nada a ver com consumismo de dia das mães – embora presente nunca seja uma má ideia – mas com generosidade e atenção para um trabalho árduo que, por ser cotidiano e milenar, passa quase desapercebido, mas não dispensa reconhecimento. Se você admira uma mãe, conte a ela. Se você vir uma delas num gesto ou atitude bacana, elogie, comente. É muito bom quando alguém nos diz que acertamos – porque a gente mesmo nunca sabe.
Autora desconhecida.
Um comentário:
Um texto ótimo, heim, Renata? Muita verdade aí.
Até que eu fui bem como mãe, tinha muitos elogios.
Hoje em dia a pressão é maior, justamente porque as mães estão ausentes de casa, por conta do trabalho.
Mas desde que o mundo é mundo, pai que ajuda é conisderado "o máximo"! rsrs
Beijo!
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