domingo, 2 de novembro de 2008

O encontro

Aquele homem chegou até sua casa. Sua admiradora estava ali, sentada, esperando com uma ansiedade que mal lhe cabia no peito. Ele chegou como sempre, ajustado, com belas roupas, belos sapatos, cabelos intactos, coisas que a faziam delirar ainda mais.

Aproximou-se e deu-lhe um beijo no rosto, pois sua educação e respeito eram seus pontos fortes e o faziam ainda mais atraente aos olhos dela. Pediu para sentar-se ao seu lado, prontamente ele ouviu aquele suave sim.

Sua expectativa com ela era incalculável, de modo que, o sentimento era recíproco. Ela ofereceu-lhe uma taça de vinho. Ele aceitou e ao som romântico, com luz de velas ao fundo começaram a conversar da vida. Ela lhe contou sua vida em segundos e a cada palavra sua, o homem a queria ainda mais. Seus desejos se aprofundavam e seus sentimentos já a pertenciam. Ele muito reservado limitou-se a contar apenas o trivial de sua vida, porém, o bastante para que ela o quisesse.

O jantar foi servido, a bebida apreciada e a conversa intensificada. Ele tomou coragem e a pediu um beijo, um beijo para mostrar-lhe tamanha admiração que sentia por ela. Ela por sua vez, resistiu e pediu para que se conhecessem melhor, o que demonstrava sua personalidade, seu jeito acanhado e tímido, ele respeitou.

De repente a campanhia toca, a vizinha estava em apuros e necessitava de auxílio, quando então, ela com seu coração partido pede a ele que se despedissem ali mesmo, marcando um novo encontro para outro dia. Ele usou de sua educação, de seu bom senso, concordou e imediatamente deixou-as à vontade.

O dia demorou para amanhecer para ambos, sendo que seus pensamentos ainda estavam juntos. O dia amanheceu e ele tomou o telefone para marcar o segundo encontro, quando percebeu seu esquecimento em anotá-lo. Foi trabalhar entusiasmadíssimo, pensando que teria uma desculpa para revê-la e assim procedeu de modo que não achava jeito de se concentrar, apenas esperando o sonhado reencontro com sua amada.

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