sábado, 4 de outubro de 2008

E agora?


Ai que saudades de Rondonópolis...

É gente, nunca imaginei estar falando isso, prova de que nós somos completamente mutáveis.

Bom para quem não sabe, morei 02 anos em Roo, no Mato Grosso. Recentemente moro no Paraná.

Rondonópolis é uma cidade aconchegante, ampla, bem distribuída, ruas largas, arborizada e quente, muito quente. Para falar bem a verdade eu nunca gostei de morar lá exatamente por este motivo, sempre me dei mal com o calor excessivo, com o calor escaldante de 43 graus que me dava a impressão de estar faltando o ar em meus pulmões. As pessoas de lá encaravam aquilo naturalmente e bastava refrescar uns 10 graus que os casacões saiam de seus armários. Impressionante!! Questão de costume mesmo.

Outro fator negativo é o modo como as pessoas convivem,ou melhor, não convivem. Lá é cada macaco no seu galho, vizinho? Quem sabe o seu? Duvido! Muito estranho...

E a violência daquela cidade? Meu Deus, apavorante! Todo dia no noticiário local era uma avalanche de péssimas notícias.

Claro que tem suas riquezas, suas maravilhas.

E antes que falem, vou logo avisando: não é só mato não! Minha vizinha não era a onça pintada!As pessoas de outras regiões tem uma idéia errada a respeito do Centro Oeste, já ouvi perguntas do tipo: Onde tu mora é só mato? Puxa minha gente, tá certo que há muiiitos anos atrás era assim, mas agora? Dá vontade de perguntar: a propósito que país tu "veve vivente"? Mato só se viajarmos muitos e muitos quilômetros até o Pantanal, daí sim, é mato mesmo!

A cidade é rica, carro popular por lá? É difícil viu? É um desfile de caminhonetes, carros importados, é gente o povo lá pooode!! Se vê ricos ou então poupérrimos, a classe média é escassa. Aquela velha história: ou é dono da fazenda ou então é peão. Sem contar aqueles índios que chegam na cidade para fazer compras no supermercado, índio chique bem! E fedorentos!!

Tá bom, tá bom, chega senão em seguida vai ter gente pensando que de fato lá era o fim do mundo.

Hoje tenho saudades de lá, mas de jeito nenhum trocaria onde estou por lá, apenas saudades de uma cidade que ficou para trás e de uma história de vida destinada unicamante às lembranças.



3 comentários:

Nanda Mayora disse...

Oiiiiiiii,fico muito contente em saber que você passa pelo meu blog...continue dando um pulo por lá sempre...
Olha teu texto me trouxe muitas recordações,muita nostalgia...
AAIAIAI...saudades de uma cidadezinha que mora no meu coração..bj...e apareça sempre...

Renata Miranda disse...

Rê, só valorizamos as coisas quando as perdemos... Mas isso pode significar que podemos valorizar o que ainda temos, então "sova" bem o teu filho e o teu marido seja o lugar que for... O tempo passa muito rápido e o que importa é o aqui e o agora.

Beijão!

Liziane Alves Dotto e casada, Castro disse...

Oi! obrigada! é sempre bom receber incentivo! Aliás, acho que os psiquiatras estão com problemas financeiros... tem muita gente fazendo terapia por aqui!!! grande bj!